
Gostava, se viesses, continuar em sonhos. Ecos de gritos, de risos, vindos de longe. Só isso. Eu e tu. Ninguém mais. Porque não? E se assim fosse? Se calhar não seria melhor do que agora, bem pelo contrário. Mas podia ser. Tem, aliás, tudo para ser.
Olho-me ao espelho agora, e vejo uma criança doente. Uma criança que sonha brincar onde não há brinquedos. Uma criança que, ainda assim, brinca na mesma. Sorri. Não há coisa mais bonita no mundo do que quando sorris.
Agora tenho sono. Vou dormir. Chamas-me quando estou a dormir. Tu nunca reparaste nisso, mas eu já. Sagrado instinto de ser feliz a dormir.
2 comments:
"(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)"
Gosto do modo como tu gostas das palavras, e como elas parecem tabém gostar de ti.
Nesse jogo de gostos, a realidade é que vence sempre a primazia do saber dizer a escrever.
Guardo a tua escrita *
Bju caipirescos :D
Post a Comment