Sunday, August 26, 2007

Almofada de papel

São cinco horas da manhã e ando às voltas sem dormir. Rodo para a esquerda, e lembro-me de ti. Rodo para a direita, e lembro-me de mim. Olho o telemóvel na esperança de nele ter um sinal de ti, e nada. Será por isso que não durmo? Não. Sei que hoje te lembraste de mim mais do que uma vez. Como? Não sei, mas sinto. E por isso estou seguro do que digo. O mais que possa acrescentar é puro devaneio de quem não quer dizer mais do que isto. Porém, continuo a escrever, sem com isso dizer algo com relevo suficiente para chamar à atenção. Não é esforço nenhum esperar por amanhã, mesmo que não seja capaz de atirar uma justificação razoável para isso. São coisas que a alma sente e os olhos não vêem. Coisas essas demasiado bonitas para as partilhar com outra coisa senão os teus lindos olhos. E os teus olhos não serão, com toda a certeza, os primeiros a ver isto. Serão, não literalmente, os últimos. Porque depois disso muito pouco ou quase nada me interessa... são saudades e vontades. Mais do que isso até, são feelings.
Um beijo louco no porto e uma cidade p´ra ti, como quem visualiza sempre um dia a mais que o mundo e a gente.