Sunday, August 26, 2007
Almofada de papel
Um beijo louco no porto e uma cidade p´ra ti, como quem visualiza sempre um dia a mais que o mundo e a gente.
Friday, May 25, 2007
Época de Exames

Friday, April 13, 2007
O aproximar do fim.
Parece que foi ontem que estávamos todos de olhos apontados para o chão, parece que foi ontem que até medo de falar aparentávamos ter, parece foi ontem que os nossos joelhos eram os nossos pés e parece ainda também que foi ontem que nos chamaram de bestas e era isso que parecíamos. E os dias foram passando. Uns continuavam inibidos e como que numa corda bamba quanto à vontade de por ali permanecer. Outros desistiam mesmo. Houveram ainda os outros, que ali continuaram até ao fim. E hoje? Valeu a pena? Claro que sim.
Espírito académico. O famoso desemerdanço, tão útil nas semanas de exames, por exemplo. A amizade. O amor à casa onde estudamos e passamos grande parte dos nossos dias. O orgulho disso mesmo. A saudade do que já vivemos. A ânsia de viver os próximos acontecimentos. Os desafios que por aí vêm, e ainda os que já passaram. A diversidade e a união, sempre lado a lado como que num crescimento mútuo, ora saudável, ora nem por isso. Mas não interessa isso por agora.
Está a chegar o grande momento, a monumental serenata! Esse acontecimento tão solene, tão bonito, tão intenso. O momento em que a nossa capa vai ser, pela primeira vez nas nossas vidas, traçada. Não encarem isso como um momento lindo para as fotografias e para espalhar vaidade. Isso vai significar muito, vai significar tudo. Vai significar o fim de uma história e o começo de outra. A ligação de duas histórias irmãs. O fim do nosso ano de caloiros, o ano em que quase tudo nos deram a conhecer e quase tudo quisemos viver. O início da nossa vida enquanto doutores também começa. Ai este carrossel de emoções e sentimentos que nos comanda desde Setembro.
Amigos, trajem e gostem de trajar. E em cada momento que a capa vos aquecer os ombros, lembrem-se de todas as histórias que ela tiver e todas as que virá a ter também. Sim, porque quando isto tudo acabar vai também com isto os melhores anos das nossas vidas, ou muito me engano, eu e vocês. Aquela capa e aquela pasta. A capa como símbolo das noites de bebedeira e a pasta como símbolo das tardes passadas a estudar no desespero daqueles exames. Futurologia de intensas recordações passadas, ou um ataque de loucura dos meus neurónios. Pouco me importa que se discuta isso agora.
Vivam isto o mais que puderem, sempre sentindo o porquê de o fazerem, porque esta história foi, é e será escrita por nós e, no fim, terá o ponto final que lhe quisermos dar. E vejam bem a quantidade de coisas que já passamos e vivemos e que eu não mencionei aqui. Tudo, praticamente tudo!
Com alegria, amor e saudade, e uma bem mais do que simbólica lágrima no canto do olho, viva farmácia!
Sentes que o tempo acabou…
Tuesday, April 10, 2007
Arriscar.

Correr um risco é, portanto, um detalhe de irremediável importância na vida. É o atravessar o rio ou o ficar do lado de cá da margem, é o vencer ou perder. Correr o risco é alcançar a verdade no seu esplendor, ainda que esta possa ser alterada pelo próprio risco. Mas isso já é filosofia a mais para quem só quer saber se vale a pena arriscar.
Arriscar é dar a maior prova daquilo que queremos. Arriscar é pôr a nu uma vontade, uma ideia ou um sonho. E agora, arriscas?
Wednesday, March 28, 2007
O meu conselho de amigo.

Saturday, March 10, 2007
Mais poesia.

Confessai aos deuses toda a verdade.
Os pesos das injustiças que estão perto,
O tic-tac do mundo que não se pode ter,
Olhai o tempo que urge incerto,
E a angústia de ter de perder.
Ainda o drama que faço, que me irrita
E o desespero desta revolta escrita.
Só este comportamento egoísta,
Que me arde a glória num minuto
E me tira para fora da pista,
Que é macabro e me faz vestir de luto.
Raia-lhe a fonte do sangue enfraquecido,
E o lacrimejar sobejo, já vencido
Estiolam-me as dúvidas e os problemas
Bem como a necessidade de os resolver,
Afronta-me a dor e os seus temas,
E a inevitabilidade de os ter.
É este o meu império, que intriga
É esta a sombra que por mim irriga!
O medo de perder um sorriso
E o prazer de o ter para mim
Tornam-me confuso e indeciso,
Cansando-me eu de estar assim.
Meu fascínio sofisticadamente discreto
E os gritos do meu coração selecto!
Ter de admitir que não há controlo,
Ainda que não o faça transparecer.
Eu nunca me conheci tão tolo,
Nem com vontade de desaparecer...
Largo-me pela força da sorte,
Abraçado pelo poder da morte.
Sonhei cedo, caí mais tarde
Neste labirinto abominável
E este suor que em mim arde,
Teima em ser insuportável.
Rendo-me num desprezo forçado
À realidade do amor negado
E vou correr para me sentir melhor,
Fechando os olhos de dia.
É que eu já sei de cor.
Que não se pode fazer magia.
Parar de escrever. Só escuridão.
Tudo em mim se cansa e cái no chão.
Pudesse eu cantar a verdade
Que me cega e que me prende,
Mas quando chegará a liberdade
Que me veste e que me acende?
Saturday, March 3, 2007
Poesia + Má disposição.

Vem levemente, brilho lunar
Que ninguém quer tanto de ti quanto eu
Que pelas ruas me deixo ir a cantar
Um amor que também pode ser o teu.
(Pára agora enquanto podes)
Que da verdade tu ainda não sabes
Vai estoirar o colosso de Rodes
Vão morrer os peixes e aves.
Já ardeste, faz muitos dias…
Não sabias das verdades
Que se as soubesses morrias
E pior é saber às metades.
Jaz algures o antigo descontentamento
Que já eu pensava ter vencido
Resta esperança, sonho, e firmamento
Para esquecer este barco perdido.
(Pára com isso! Tem calma …
Olha que o mundo não acaba agora.)
Vós, covardes disto e de outras coisas mais
Não sóis mais que pobres fantoches de conveniência
Que mentir e fingir sempre foi a vossa essência!
(Que exagero. Que feitio. Que mau perder)
Hei-de sempre acreditar que isto é mau, que é fodido.
(Mal-criado, inconveniente, vergonhoso)
Minha mãe não me ensinou a rebobinar um jogo.
Ensinou-me apenas a sorrir, a cantar e amar.
Ensinou-me que a vida é bela, um mar rosado.
Ensinou-me que nasci para amar e ser amado.
Minha mãe enganou-me sem querer
“Ai meu filho, que estás a enlouquecer!”
(Estás doente)
Tenho os pés presos no chão e quero saltar.
Tenho a língua presa nos dentes e quero falar.
Tenho os olhos carregados de sono e quero olhar.
Tenho a cabeça doente, e quero pensar.
Tremi. Quebrei. Tropecei. Levantei-me e voltei a cair.
Sacudi. Ardi. Explodi. Esqueci. Ou pelo menos tentei.
Não sei perder, nem quero saber.
Aprender a saber perder é aprender a muito perder,
E aprender a perder é fraco, é mau, e eu não quero.
Sou teimoso, tenho mau feitio e não me apetece nada agora.
Já disse que não quero absolutamente nada.
Se vos pedisse o que mais queria, nenhum de vós o conseguia.
Acelerem os relógios, apressem os dias. Avancem-me semanas.
E depois, se o arrependimento vos subir à cabeça, aprendam!
E quanto ao mais importante, perderam todos. Ou talvez não…
Não interessa nada disso agora também, que eu de miserável
Muito mais não fui além. Que irritação. Nada, absolutamente nada.
Já disse nada e nada é o que eu quero o que sou e o que quero fazer.
Nada, nem adeus. Adeus também é nada. Nada, nada, nada!
Friday, February 23, 2007
Variações

O som casual de um cão a ladrar asperamente, como que a reclamar algo, afinava-me a concentração da alma. Crescia de fora do quarto uma agitação qualquer, que não me desviava as atenções, fosse por que motivo fosse…
O quarto estava escuro, apenas iluminado pelo rasgo lunar que entrava pela portada entreaberta da janela. Nas negras paredes da ocasião, ondeavam os sonhos por realizar, os que ficaram para trás. A secretária do meu quarto, maior do que em qualquer outro dia, sugeria-me um peso mais do que brutal na consciência. Lembrava-me do parentesco entre o génio tão procurado nela com o desespero dessa mesma procura. A porta nem gemia, como se aquele quarto representasse outra dimensão que não a humana. Uma metafísica inexplicável, estrondosamente assustadora, ainda que por detrás de tudo aquilo, estivesse um encantamento belo e natural. Quanto ao sonho, eu ia-o sentindo, pensamento após pensamento.
Diferente, a noite prosseguia. Os sentimentos tardavam em desaparecer, e o sono não começava…A solidão da minha alma invadia a pureza do sonho. Invadia tudo aquilo que mais queria. O quarto, intenso e pesado, e a sombra das coisas que nele estavam davam lugar ao medo de avançar na minha vida por um meio real…
Já os raios solares se espalhavam de entre o céu semi-nublado quando acordei. Afinal, consegui dormir. Porém, não sonhei tudo. A razão é simples: O sonho não me deixa.
Nuno.
Tuesday, February 20, 2007
O tributo.
Saturday, February 17, 2007
A maior música do mundo

Black ( Pearl Jam )
Hey...oooh...Sheets of empty canvas, untouched sheets of clay. Were laid spread out before me as her body once did All five horizons revolved around her soul As the earth to the sun Now the air I tasted and breathed Has taken a turn Ooh, and all I taught her was everything Ooh, I know she gave me all that she wore And now my bitter hands shake beneath the clouds Of what was everything? Oh, the pictures have all been washed in black, Tattooed everything...
I take a walk outside I'm surrounded by some kids at play I can feel their laughter, So why do I sear? Hard and twisted thoughts that spin round my head I'm spinning, oh, I'm spinning How quick the sun can, drop away And now my bitter hands cradle broken glass Of what was everything? All the pictures have all been washed in black, tattooed everything...
All the love gone bad Turned my world to black Tattooed all I see, all that I am, all I'll be...yeah...Uh huh...uh huh...ooh...I know someday you'll have a beautiful life, I know you'll be a star,In somebody else's sky, but whyWhy, why can't it be, oh can't it be mine...
We, we belong, we belong together, together, yeah, yeah, we, we belong, we belong together...